O início de construção de moradias unifamiliares nos Estados Unidos apresentou um aumento em abril, porém os dados do mês anterior foram revisados para baixo, indicando que o mercado imobiliário ainda está instável, apesar da diminuição das taxas de hipoteca.
De acordo com o Departamento de Comércio dos EUA, o início de construção de moradias unifamiliares, que representa a maior parte da construção residencial, registrou um aumento de 1,6%, totalizando uma taxa anual ajustada sazonalmente de 846.000 unidades no último mês. O mercado imobiliário continua a enfrentar desafios para encontrar uma estabilidade sólida, mesmo com os incentivos das taxas de hipoteca em queda.
Os dados revisados indicaram que o início de construção de moradias unifamiliares nos Estados Unidos caiu em março, ao contrário do que foi relatado anteriormente. A taxa foi revisada para 833.000 unidades, em comparação com a expectativa anterior de 861.000 unidades.
Pesquisas demostram aumentos
No entanto, uma pesquisa recente da Associação Nacional de Construtores de Moradias revelou um aumento em maio, com o índice atingindo a marca média de 50 pela primeira vez desde julho de 2022. Essa melhora foi impulsionada pela escassez de moradias anteriores, que está estimulando a construção de novas residências. O mercado imobiliário ainda enfrenta desafios, mas esse aumento no índice é um sinal positivo para a recuperação do setor.
O mercado imobiliário dos Estados Unidos enfrentou o impacto significativo das medidas de aperto monetário mais rápidas implementadas pelo Federal Reserve desde a década de 1980, como forma de conter a inflação. Uma consequência desse cenário foi a queda da taxa média da hipoteca fixa de 30 anos, que caiu de um pico de 7,08% em novembro para uma média de 6,35% na semana passada, de acordo com dados da Freddie Mac.
No entanto, o aperto das condições de crédito pode representar um desafio para os construtores, dificultando o acesso a financiamento para novos projetos. Essa situação reflete as complexidades enfrentadas pelo setor imobiliário diante das políticas de aperto monetário, que buscam controlar a inflação, mas podem impactar o acesso ao crédito e o desenvolvimento de novos empreendimentos.
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Informações retiradas de Lucia Mutikan à UOL